The xx - Crystalised

Para mim uma das melhores revelações de 2009.
E é uma daquelas bandas que, ultimamente, tem feito parte da minha minha playlist do iTunes.

Depeche Mode

Que noite memorável. O Pavilhão Atlãntico esgotadíssimo e em apoteose recebeu mais uma vez os Depeche Mode para mais um grandioso concerto em Portugal.

Para não variar, os Depeche Mode deram um verdadeiro espectáculo total. E nem o futebol e a chuva demoveram os milhares de fãs da banda a lotarem a sala e a prestar veneração à banda inglesa.

O alinhamento do concerto foi idêntico ao de outros da presente digressão. Assim, e apesar do álbum editado recentemente, os Depeche Mode apenas tocaram quatro temas de "Songs of the Universe" (e que dá nome à tour).

Como tal, a grande parte do alinhamento do concerto foi preenchido com temas de álbuns mais antigos. Os principais destaques vão para hinos como "Question of Time", "It's No Good", "I Feel You", "Never Let Me Down Again" ou "Enjoy the Silence" cantados em únissono e em êxtase pelo público.

Para o encore os Depeche Mode guardaram temas como "Stripped","Behind the Wheel" e "Personal Jesus" - o clímax que fechou o concerto e levou os milhares  presentes no Atlântico à histeria completa.

Que noite. Voltem depressa.

Alinhamento
In Chains
Wrong
Hole to Feed
Walking In My Shoes
Question of Time
Precious
World In My Eyes
Fly on the Windscreen
Sister of Night
Home
Miles Away/The Truth Is
Policy of Truth
It's No Good
In Your Room
I Feel You
Enjoy the Silence
Never Let Me Down Again

Encore
One Caress
Stripped
Behind the Wheel
Personal Jesus

Grandes momentos

Depeche Mode - Pavilhão Atlântico 14.11.2009

Depeche Mode "Enjoy the Silence"

Depeche Mode "Personal Jesus"

Depeche Mode "Never Let Me Down Again"

Depeche Mode "Behind The Wheel"

Depeche Mode "Stripped"

Depeche Mode "It's No Good"

Chegou a hora do lobo

António Sérgio
1950-2009





O lobo chegou ao fim do seu caminho. António Sérgio faleceu hoje de madrugada aos 59 anos de idade e ao fim de mais de 40 anos dedicados à radio e à música. Partiu sem se despedir e deixou-nos a nós, fiéis membros da sua alcateia, órfãos da sua música e das suas palavras.

A partir de hoje o uivo do lobo deixará de ecoar pelas ondas hertzianas e ficará para sempre o silêncio, o silêncio de quem eu acompanhava desde os meus 13 anos de idade e que me abriu os ouvidos e a mente e me levou a caminhos musicais nunca antes trilhados por mim.

A saga do lobo começou em 1977 com o programa “Rotação”. Depois, vieram o “Rolls Rock”, “Lança-Chamas”, “O Grande Delta” e, mais recentemente, “A Hora do Lobo” ou “Viriato 25”, mas foi com o “Som da Frente”, nos início da década de 80 do século passado, que eu descobri o mestre António Sérgio e me juntei à sua alcateia. Foi há 23 anos que agarrado a um pequeno rádio a pilhas, entrei pela primeira vez no território do lobo e que por lá fiquei, até hoje.

Infelizmente, tudo isso hoje acabou. Hoje terminaram para sempre as longas noites de vigília acordado, repletas de culto e de veneração a ouvir o meu mestre.

Mas uma coisa hoje não morreu - tudo aquilo que ele me deu, me ensinou e me deixou. Isso, ficará comigo para sempre e só morrerá no dia em que eu, também eu, fechar os olhos.

A ele devo toda a paixão incondicional que tenho pela música. A ele devo muito do homem que sou hoje. E só lamento, nunca o ter podido dizer-lhe pessoalmente, palavra por palavra, tudo o que ele representou, representa e representará para mim e, que hoje, debito soluçada mente nestas linhas.

É que o António Sérgio, mais do que um enorme profissional, também foi um homem lobo que lutou com tudo, de garras afiadas e dentes aguçados pelos seus ideais, pela sua música, pelos seus seguidores.

Por tudo isto e muito mais, obrigado António Sérgio, obrigado por tudo. Sem ti, nada teria sido igual. Nunca te esquecerei.

E agora? O que será de nós sem ti?

RIP Lobo